Luísa Ivone

Ler para saber dos outros, era como ler para saber dela mesma. Uma trivialidade de raciocínio, ainda assim, tinha para ela o lugar de um segredo.

Claro que não era a sua única fonte, havia outras.

Uma delas era um amigo.

Um amigo mais do tipo voyeur que do tipo curioso.

Um pardal amarelo que puntualmente chega à sua casa com as noticias, no instante que ela espalha a manteiga barata no pão francês.

Pardalinho, era tudo menos bobo.

 

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