Carly, Carolyni, Carlão e ele Cosmo.
Carlão era carta fora do baralho. Carly passava verniz em mãos calejadas, lá mesmo, na comunidade. Carolyni estudava. Tinha ideias requintadas e palavras bonitas, queria ensinar crianças.
Viu claro o caminho da estrada. Foi num banco, pediu um empréstimo e ali mesmo, olhando a mocinha bonita do balcão, perguntou se não fazia falta um faz tudo, um manda a todo o lado? Motoboy sim, veloz, mas com experiência, que não desse o prejuízo de morrer. Que se morresse, se comprometia a pelo menos não sujar as cartas dos clientes vip com o incómodo das entranhas.
A menina bonita olhou-o. Deu sorte, cara. De sorte ele não sabia. Imaginou o corte de seus cachinhos.
Essa noite voltou voando, um deus negro metalizado e uma outra paixão.