Quarta feira.
Nunca sei a quantas ando.
Tomo mais um descafeinado como desculpa, para mordiscar bolachas de formas estranhas.
Literatura,contos, ideias
Quarta feira.
Nunca sei a quantas ando.
Tomo mais um descafeinado como desculpa, para mordiscar bolachas de formas estranhas.
Sexta é múltipla.
Mais múltipla que nada.
Listas de tarefas que começam, listas de tarefas que terminam.
Pressas ou lentidões.
Descanso ou saída.
Sexo, ou caça.
Vinho ou cerveja.
Peixe ou carne.
Dia Sagrado, mas para quê?
Não deixa ninguém indiferente, para muitos não faz diferença.
Sexta é melhor que segunda, para alguns.
Sexta é melhor que domingo, para outros.
Sexta é promessa.
Sexta é constatação.
Cinema ou cama.
Livros ou gin tonics.
Meias grossas ou havaianas gastas de dedo.
Com chuva ou com sol.
Sexta fala do tempo que passa. Mas sobre isso há quem fale melhor…
Noemi pediu mudança de foco, deixar adivinhar o motivo.
O lugar de sempre, estradas tortas desenhando o mundo redondo, eu vou. É de noite e parece que choveu faz pouco. Caminho sozinha até à galeria, Irei na casa da minha avó ou na minha? O que vão pedir hoje?Insistente a caneta no bloco fino desenhando de linhas desnecessárias. Ele pediu água, fresca, sem gás, a mãe um vinho, da casa, taça, e as duas meninas batidos. Chocolate e morango. O garçom pensou que todas as infâncias são iguais e foi-se pensando, se, de ter outro filho, o casal pagaria o shake de caramelo. Azu, vermelho, verde, textura de linho, pano. Falta grão, deve ser foto, caiu para o azul, e dali subo a uma torre, branca de azulejos. Vazia por dentro, vejo-me no centro, a pele morena, o olho rasgado, mil sedas tem gosto na boca.