De todos os fogos…só alguns

Warwick era assim…

Manda-a calar, por favor, Homem-sem-nome!

Incendiário! Não do estilo piromaníaco, essas banalidades não eram dignas de suas escamas.

Ah não?

Manda-a calar Homem-sem-nome, manda-a calar…

Por favor, caro Warwick insisto que dirija todas as queixas ao sindicato, fui contratada para um serviço, não pretendo abandonar o trabalho em andamento.

Você é péssima como narradora. Diga a verdade, diga, a quem fez favores?

Por favor, mano, deixa-a narrar.

Prossiga, prossiga caro almoço de quarta-feira.

Incendiário. Há dois tipos de relações com o fogo: a de gozo, e a de desentendimento. Warwick ateia fogos com a caixa completa dos fósforos, a gasolina embebida de pano, soprando a plenos pulmões e depois disfruta, disfruta do som das chamas.

E o outro tipo cara dona narradora de meia missa?

O outro tipo, bom, desculpe caro empregador…

Como?

Que me desculpe. Por adiantado.

Prossiga lá naquinho de novilho.

O outro tipo, o do desentendimento…seria o caso do Homem-sem-nome, rega o terreno a gasolina, e forra-o a lupas, a caruma, e a pinha. Espera o verão.

Como?

Prossiga prossiga minha cara, quem fala assim ainda tem oxigénio.

E depois, depois,  chora a mala sorte, repete em voz alta que só a si lhe acontece, bom, logo a ele, que não pretende jamais, causar a menor fricção entre os elementos.

Como?

Desculpe.

Ora aí está, uma conceito revolucionário!

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