Pronto! Pronto! Amor, que se passa? O sonho. Outra vez? Outra vez.
Põe cara de maçada, apaga a luz e suspira. Maçada, de maça encerada, envenenada, maçaneta quebrada, maçada de peixe sem esse, robalo ou tamboril, molho de tomate, azia. Maçada é palavra de velha. No escuro, o coração acurralado, planeia fuga. Sabe o que aí vem. Não sinto as pernas. No colchão escavaram profundidade, suponho que pesam. Ele já ressona. Se fechar os olhos com muita força, talvez o sonho desapareça, as pernas voltem, e o tamboril em cubos apague o gosto do pimento vermelho.