A história do Manel

O Flávio Cafiero apresentou-me esta ideia, no blog http://historiademanuel.blogspot.com.br/

Está uma história que começou com a Raquel, teve continuação do Flávio, e depois da Lolita. Eu escrevi outra possível continuação para a do Flávio, e ainda que adore a da Lolita, vou compartilhar com vocês a minha.

Dia 26 sai, lá, a continuação da Lolita, que escrevi eu.

Bem divertido!Espreitem!

Coelho. Era Coelho. No nariz pequeno, afeminado, um pêlo rebelde vibrou, o ar condensou-se, numa bolha, como de sabão, mas menor, mais suja, que o Japão terá muitas qualidades, mas está no mundo, com suas poeiras, suas partículas de poluição, seus pecados. Fez-se peso, e foi, até à coluna. Vaidosa, alfinetou o osso, gasto de vinho tinto, o músculo, gasto de caminhar, a pele, gasta de não ser tocada. Doeu-se Manuel, esquecido de rir,  de chorar, de se indignar. Coelho, ele, o pai, o avô, o bisavô, o tetra, o fogo na igreja. E era, ela. Nichi-botsu Amélia Coelho.Tem que ter nome de portuguesa, a mãe. O nome dela é poesia! Inspira, expira, o pediatra, e ela, seu fim de dia, enxuta de pecado e gordura, rasgando o espanto negro na carne macia, mordendo os medos, olhava-o: Acompanhas-me, papá, sempre que tiver tosse?”

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